Os anos 60 chegaram para causar! Dando uma reviravolta na década anterior, quando homens e mulheres se vestiam de forma comportada e clássica, a moda anos 60 representou o início da cena rock ’n’ roll e o sucesso de grandes astros da música e do cinema, como Elvis Presley e os Beatles.
Com uma rebeldia ingênua, o look anos 60 foi abandonando a saia rodada que dominou a década de 50 para dar espaço à calça cigarrete e às minissaias, enquanto o jeans e a jaqueta de couro faziam o estilo dos homens que se inspiravam em James Dean e Marlon Brando.
Minissaia futurista
Apesar de ser conhecida como a criadora da minissaia, a designer Mary Quant dizia que foi "a rua que inventou" a peça. Em 1965, foi a vez de André Courrèges lançar uma coleção que revolucionaria a moda feminina, incluindo roupas de linhas retas, botas brancas e minissaias, e inaugurando a inspiração espacial com tecidos metálicos e fluorescentes.
A tendência voltou com força no ano passado e continua em alta em 2017, como visto na mais recente coleção da Versus. Grifes como Isabel Marant e Loewe também apresentaram looks futuristas e com inspiração de astronautas em suas coleções recentes, combinando hot pants, saias e calças flare prateadas com peças brancas.
O prata e os motivos espaciais também apareceram na coleção da Saint Laurent, apesar de a grife, nos anos 60, ter se consolidado por criar vestidos tubinhos icônicos. Inspirado por Piet Mondrian, o designer chegou a usar um de seus quadros como estampa de um vestido. A inspiração logo se popularizou, especialmente quando a modelo Twiggy passou a combinar o tubinho com a famosa maquiagem anos 60.
Drama e docura
O inconfundível estilo anos 60 de Twiggy rompia com o padrão de corpo violão da década anterior para trazer um estilo meigo, mas dramático: quanto mais curto o cabelo, mais longos os cílios. O estilo gatinho de delineador virou mania, ainda mais quando acompanhado de cílios postiços e sombras coloridas, como a azul.
Mas enquanto Twiggy ia contra a corrente com seus cabelos curtos, as mulheres em geral ainda preferiam usar cabelos compridos e franjas volumosas, do mesmo modo que os homens apostavam em topetes extravagantes e brilhantina ao estilo de Elvis.
O mesmo brilho negro aparecia também nos sapatos masculinos feitos de vinil. Em 2016, Saint Laurent e 3.1 Phillip Lim lançaram modelos de sapatos masculinos com um brilho extra, que acompanhariam com perfeição as produções mais certinhas popularizadas pelos Beatles.
Estilo mod
Enquanto o estilo roqueiro americano era feito de jaquetas de couro, topetes e motocicletas, a cena rock e jazz britânica era mais comportada e minimalista. Depois de os Beatles, Twiggy e a própria Mary Quant difundirem esse estilo, hoje Alexa Chung e Tavi Gevinson são as principais referências do chamado mod style.
No Reino Unido, eram as lambretas que faziam a cabeça dos homens que as dirigiam usando paletós sem colarinho, gola rolê e calças de modelagem mais ajustada e cintura baixa, além de tecidos nobres e cores ousadas e brilhantes, especialmente nas camisas que usavam abertas.
No passado, Jeremy Scott deu um toque divertido ao mod style em sua coleção de Primavera, trazendo vestidos tubinhos e conjuntos de crop top cem tons fluorescentes e estampas de caretas. Já a Gucci e Tom Ford apostaram em ternos ajustados e de estampa xadrez para o outono.
Acessórios anos 60
Para acompanhar o estilo mod, muitas mulheres incluíam lenços amarrados com apenas um nó no pescoço ou então usavam laços e faixas grossas no cabelo para acentuar o volume no topo – geralmente criado com a ajuda de esponjas por baixo dos fios.
Os lenços, feitos em tecidos finos como seda, vêm aparecendo em coleções recentes da Gucci, Chloé e Roberto Cavalli, que apresentou o acessório também na moda masculina.
Outra extravagância que ganhou destaque nos anos 60 foram os óculos de sol grandes e redondos, com armações grossas e especialmente em branco. Para além da opção em formato de gatinho, que já vinha desde os anos 50, óculos de formatos geométricos, excêntricos e assimétricos davam o tom futurista da década.
Nos anos 60, moda era feita para vestir o comportamento, traduzindo a rebeldia que borbulhava, ao mesmo tempo em que a cultura pop americana se difundia por diferentes países, com a ficção científica hollywoodiana povoando sonhos com viagens a Marte em dress code prateado.
Foi nesse mix de referências que homens e mulheres passaram a se expressar cada vez mais por suas roupas, e o estilo “rebelde sem causa” popularizado por eles nunca mais saiu do imaginário da moda.
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