Um sopro de modernidade cool. Foi assim que o designer Helmut Lang despontou, costurando contra a maré do estilo over dos anos 80.
Nascido em 1956, em Viena, o estilista deixou a casa dos pais aos 18 anos, quando começou de maneira autodidata a desenhar suas primeiras roupas.
Usando materiais pouco convencionais, como franjas e tecidos metálicos, Helmut Lang foi um verdadeiro furacão criativo, redefinindo a estética dos anos 90 e se firmando como um dos designers que mais vem influenciando cada nova geração de estilistas.
Vanguarda
A verdade é que o estilo clean e urbano de suas criações não demorou a conquistar fashionistas da cena de Nova York, cidade que elegeu para morar em 1997, depois de passar por Paris, onde desfilou sua primeira coleção, em 1986, no Centre Georges Pompidou.
A ligação do designer com o mundo das artes, vale ressaltar, vai bem além de uma locação: ele já colaborou com artistas como Jenny Holzer e Louise Bourgeois, além de ter exposto seu trabalho na Alles Gleich Schwer, em Hanover, em 2008, e no Dallas Contemporary, em 2016.
Desde 2004 afastado da moda – ele vendeu a marca para o grupo Prada -, o designer se rendeu de fato às artes. “Helmut faz coisas tão diferentes e frescas em comparação com muitas outras obras que estão sendo feitas hoje. Ele está sempre puxando e puxando nosso intelecto”, diz o curador da exposição de Dallas, Peter Doroshenko.
Cult
Foi esse olhar fora da curva que transformou o designer – e suas criações – em objeto de desejo. Os jeans, camisetas assimétricas e blazers pretos imaginados por ele, além dos vestidos Helmut Lang, eram o sonho de consumo da geração que cresceu na década de 90.
“O que ele fez foi muito além de inventar um uniforme casual-formal, elegante e subversivo, coisas que emitiam confiança e sensualidade todos os dias. Era mais do que isso. Era o início da era do cool”, escreveu a crítica de moda Sarah Mower.
Ao lado de Martin Margiela, Ann Demeulemeester e Jil Sander, Lang escreveu a história da década, falando com movimentos underground e o mainstream fashion ao mesmo tempo, mesclando moda e personalidade. “Helmut veio e, no início, foi: Espere um momento, o que é isso? Isso não é o espírito dos meados dos anos 80, quando tudo se tratava de opulência. Então, tudo caiu e Helmut estava lá”, analisa Anna Wintour, da Vogue americana.
Zeitgeist
Embora tenha sido ícone em uma época em que não existia Instagram, o designer Helmut Lang captou os ares do tempo e foi um dos primeiros a abraçar a Internet, fazendo uma transmissão online de seu desfile há quase duas décadas, em 1998!
“Percebi que a Internet se tornaria algo muito maior do que o imaginável e pensei que era o momento certo de apresentar a coleção online. Foi um choque na época, mas o começo do que hoje é normal”, diz Lang.
No offline, essa verve de vanguarda também era sentida: suas campanhas transbordavam o mood cool encabeçado pelas modelos mais disputadas do final do século XX – Kate Moss, Stella Tennant, Linda Evangelista... Todas Lang’s girls. Todas garotas que todas as garotas queriam ser.
De volta ao futuro
Apesar de estar afastado de sua marca, Lang deixou um legado incontestável, que sobrevive nas ruas e na grife que ainda leva seu nome.
Em seu primeiro desfile para a Calvin Klein, para o inverno 2017, Raf Simons, por exemplo, fez uma espécie de homenagem ao estilo minimalista de Lang, de quem é fã. Plástico, costuras quadradas e penas embaladas a vácuo foram algumas das ideias que provaram que o impacto Lang está longe de acabar.
Pelo contrário. O gol atual da marca está justamente em resgatar o espírito cult de seu criador – a partir de setembro, a cada coleção um designer será convidado a interpretar os códigos da casa. O primeiro da lista? Shayne Oliver, da também cult Hood By Air. Uma dobradinha que tem tudo para ser histórica.
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