Tão confiável quanto um moletom com letreiros universitários em um campus americano é a presença de elementos preppy nas temporadas de moda nova-iorquinas (e mundiais).
Originada na década de 50 como um símbolo de status e exclusividade, a moda preppy nasceu nas escolas preparatórias americanas às quais as famílias mais abastadas do país enviavam seus filhos, com objetivo de aumentar a chance de admissão em uma faculdade de prestígio. Nessa época, o prep style ia muito além do uniforme casaco, camisa oxford, gravata, calça de flanela e mocassim. Ele implicava tradição, pedigree e classe.
Popularizado e feminilizado nos anos 80, graças à visão de grifes como Ralph Lauren e Tommy Hilfiger, o “look colegial”, como conhecemos aqui, é uma afirmação de conforto clássico, a melhor definição do nosso “esporte chic”.
Mas você sabe qual é o significado de preppy? Segundo o Dicionário de Cambridge, o estilo pode ser definido como "um jovem de uma família rica que estuda em uma escola cara e usa roupas caras e arrumadinhas".
Aula de história
A moda preppy já existia desde o início do século passado, com os blazers de tweed, mas atingiu o seu ápice no final dos anos 40, quando lojas de roupas exclusivas foram abertas no campus da Ivy League, ajudando a criar as bases desta tendência.
A presença dos esportes como parte do currículo foi outro fator fundamental para definir os códigos do estilo. Atividades como hipismo, vela, esgrima, lacrosse, golfe e rugby exigiam roupas especiais, tornando o visual outdoor outra marca registrada do prep – leia-se: cores e listras, camisas polo, jaquetas corta vento e acessórios náuticos.
Na década de 80, Lisa Birnbach publicou o Preppy Handbook Official – uma espécie de guia para se tornar um prep. O livro, que desvendou a subcultura e seus fundamentos, fez com que qualquer jovem americano fosse capaz de adaptar esse jeito único de ser (e de se vestir).
Como era muito mais fácil comprar uma camisa polo do que penetrar no universo dos “futuros presidentes”, a moda preppy se tornou uma vanguarda cultural, e suas peças-chave (como o moletom de capuz com uma letra na frente), itens icônicos até hoje.
O prep além do preppy
No cinema, as origens do preppy atual podem ser observadas nos filmes cult Heathers, de 1989, e As Patricinhas de Beverly Hills, de 1995. O primeiro traz Winona Ryder no uniforme preppy da época - power blazer colorido, camisa abotoada com um broche, short com suspensório e meia calça finalizados com um cabelo bufante – enquanto o segundo eternizou a imagem de Alicia Silverstone vestindo conjuntos xadrezes, twin-sets, vestidos tubinho em cores nude, suéter de cashmere sobrepondo camisas brancas e, claro, blazers.
Outra inspiração é o elenco do seriado Gossip Girl (2007-2012), no qual podemos entender o que é preppy hoje em dia. Menos colegial, um típico look Blair Waldorf inclui wrap-dresses na altura do joelho usados com jaquetas esportivas; sobreposições camisa e vestido (e vice-versa); o trio short de alfaiataria, blusa de seda e brogue; e muito suéter varsity com saia plissada.
Tory Burch é a estilista ideal na hora de apostar nesse tipo de produção. Uma das designers mais icônicas do preppy, ela cria um mix esporte e alfaiataria para criar peças curinga que se alternam em looks diversos, assim como sapatos e acessórios que transmitem um luxo espontâneo de quem já nasceu chic.
Já os meninos do elenco raramente são vistos sem calças chino cáqui ou em tons avermelhados, malhas e tricot Polo Ralph Lauren em todas as cores do arco-íris, docksides e muitas peças de alfaiataria. Para criar um visual de quem viaja para a Europa a cada estação do ano (sem necessariamente sair de casa), a Emporio Armani é outra aposta segura. Além do tradicional cavalo que simboliza o poder da Ralph Lauren, outra grife icônica do esporte chic (desde 1933!) é a francesa Lacoste. E o melhor: não é necessário jogar polo ou golf para aderir.
Indie kids
Ao investir em looks ousados com inspiração no filme Os Excêntricos Tenenbaums, de Wes Anderson - que foi relembrado nos desfiles do verão 2016 - você, sem saber, já está aderindo à moda preppy. Isso porque o preppy de hoje não é mais tão certinho.
Vestidos de tenista usados com casacos poderosos, como a personagem de Gwyneth Paltrow, ou os conjuntos esportivos tipo Adidas de Ben Stiller estiveram presentes, de Gucci à Lacoste, revigorando os tradicionalismos da tendência. Para confirmar, basta olhar a camisa polo transparente com punhos e gola branca apresentada no desfile (masculino!) da Givenchy.
Na música, algumas bandas alternativas como Weezer, Vampire Weekend e Belle and Sebastian são algumas a dar uma cara mais “rebelde” ao preppy, com aval de Tommy Hilfiger. “É possível ser preppy rock'n'roll, preppy surfista, preppy motoqueiro, preppy esportista, preppy minimalista. Você pode ser preppy em qualquer contexto, porque preppy é sinônimo de clássico”, opina o designer americano. “Estou na área do preppy há 30 anos!”, finaliza.
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