Por trás de grandes marcas existem grandes estilistas. A questão é que no dinâmico mundo da moda, suas trajetórias são repletas de curvas, em um troca-troca constante entre diretores criativos e as marcas mais conceituadas do globo.
A carreira de muitos criadores daria um livro – ou uma série – já que, a cada temporada, mudanças são anunciadas deixando no ar um clima de suspense. Não há espaço para apego!
Notícias quentes
Veja por exemplo as primeiras notícias de 2018: em janeiro, o grupo LVMH já anunciou que Hedi Slimane seria o mais novo nome a assumir a Céline logo após a saída de Phoebe Philo, que trabalhou por quase dez anos na grife.
O novo diretor artístico – que ficou conhecido por seu estilo cool e bastante ligado à cena musical, características que o levaram a atuar na Saint Laurent durante quatro anos – vai cuidar de todas as coleções da Céline, além de um projeto de expansão que inclui uma linha masculina, uma de alta-costura e até um perfume.
Cenas do próximo capítulo
O designer e fotógrafo também é lembrado por seu legado na Dior Homme, grife em que atuou entre 2000 e 2007. Como numa série em que é preciso aguardar pela nova temporada, quem está curioso para saber como será o desdobramento da chegada de Slimane à nova casa terá de esperar até setembro, quando ele fará sua estreia durante a Semana de Moda de Paris ao lado de outros grandes nomes da moda.
O início de 2018 também foi marcado pela dança das cadeiras na Louis Vuitton com a saída do estilista Kim Jones, que coordenava a área masculina e se despediu da grife no desfile da coleção de outono 2018. Kate Moss e Naomi Campbell apareceram de surpresa na passarela, vestindo trench coats estampados com o icônico monograma.
Um novo olhar
O esquema de direção criativa entre as top marcas continua ganhando ritmo de alta rotatividade. É o caso da Helmut Lang, que se despediu recentemente de Isabella Burley e seu estilista convidado Shayne Oliver para dar boas-vindas a Alix Browne, uma das fundadoras da V Magazine.
Outro nome em evidência é Demna Gvasalia. Sucesso à frente do coletivo parisiense Vetements, desde 2015 ele é diretor criativo da Balenciaga, onde cria uma alfaiataria de ares streetwear convivendo em harmonia com puffer jackets e bolsas de tamanho máxi. O jovem foi da equipe de estilo da Maison Margiela no começo da carreira e, antes mesmo de completar 40 anos de idade, já é sério candidato a figurar no rol dos grandes estilistas do nosso tempo.
Veteranos e ícones
Não se pode esquecer quem já garantiu o posto de ícone nessa história. Aos 84 anos, Karl Lagerfeld é diretor criativo da Chanel desde os anos 80, em uma das parcerias mais estáveis do mundo da moda. Ele também está à frente da Fendi e da grife que leva o seu nome. Assim como tantos outros estilistas emblemáticos – a exemplo de Giorgio Armani, Jean-Paul Gaultier, John Galliano, Ralph Lauren e Marc Jacobs, só para citar alguns – o alemão apresenta uma assinatura única e marcante em suas criações.
Lagerfeld também assinou as coleções da Chloé entre 1964 e 1983 e, depois, entre 1992 e 1997. Em 1997, a grife contratou a estilista Stella McCartney para assinar as suas coleções. Apesar do êxito comercial, Stella deixou a Chloé em 2001 para criar a grife que leva o seu nome, à frente da qual se dedica a peças atemporais que já se tornaram clássicas, de blazers a bolsas. Com a saída de Stella foi a vez de Phoebe Philo assumir a direção criativa da etiqueta francesa.
Essa movimentação enriquece o repertório das marcas e refresca as mentes criativas dos estilistas, então, todo mundo sai ganhando. Quer ver? Clique aqui para saber tudo sobre a marca Chloé e entender como cada estilista contribuiu com o universo da grife trazendo seu olhar particular.