PELAS
RUAS

VIDA MODERNA E EXPERIÊNCIAS URBANAS NA ARTE DOS ESTADOS UNIDOS, 1893-1976

Seja bem-vindo ao roteiro FARFETCH na Pinacoteca de São Paulo. Criado em parceria com Luiza Adas, especialista em arte, colunista da Casa Vogue e fundadora do Museu do Isolamento, trazemos aqui para você um recorte exclusivo da curadoria da exposição “Pelas Ruas” que acontece na Pinacoteca de São Paulo, do dia 27/08/22 a 30/01/23.

O mapa da exposição

A partir deste roteiro, você poderá entender melhor sobre a exposição, e também conhecer mais sobre a história de alguns dos artistas que fazem parte da mostra.

01HOWARD NORTON COOK
02BARBARA CRANE
03ROBERT HENRI
04WALT KUHN
05EVERETT SHINN
06CHARLES GREEN SHAW

Artista

Howard Norton Cook

Skyscraper, 1928 - Howard Norton Cook (1901 - 1980)

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Artista

Howard Norton Cook

Skyscraper, 1928 - Howard Norton Cook (1901 - 1980)

A obra “Skyscraper” faz parte de uma série de 50 gravuras de arranha céus que hoje integram importantes coleções como a do Moma, MET e do Whitney. Howard Norton Cook foi um artista particularmente conhecido por suas gravuras e murais em madeira. Na época em que criou a gravura, o artista gostava de retratar prédios do horizonte nova-iorquino e paisagens urbanas em tons sóbrios. Cook estudou gravura na Art Students League e viajou para o Novo México para fazer uma série de xilogravuras. A partir dessa experiência Cook se apaixonou pelo sudoeste do seu país e a cultura única que lá se escondia.

Ele recebeu incentivos pelo Projeto Federal de Artes da Works Progress Administration (WPA) e chegou a trabalhar para a Marinha Norte Americana durante a 2ª Guerra Mundial. Começou a experimentar com a pintura de murais e também foi admirado por seus trabalhos com tinta óleos, giz pastéis, aquarelas e técnicas gráficas.

Artista

Barbara Crane

People of the North Portal (selections), 1970-71 - Barbara Crane (1928 - 2019)

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Artista

Barbara Crane

People of the North Portal (selections), 1970-71 - Barbara Crane (1928 - 2019)

É uma das referências em fotografia contemporânea mais fascinantes que o mundo já teve, por ter vivido e escolhido retratar cenas da vida contemporânea em suas contradições. A quantidade de técnicas de captura e ampliação de imagem que Barbara Crane testou prova como ela sabia aproveitar todas as possibilidades da fotografia, desde o pensamento que a motivava a criar cenários, até as possibilidades de edição e ilusionismo em suas obras.

Crane trabalhou com uma variedade de materiais, incluindo Polaroid, gelatina, prata e impressões de platina, entre outros. Ela era conhecida por seu trabalho experimental e inovador que desafiava a fotografia, incorporando sequenciamento, negativos em camadas e quadros repetidos. Crane conta que se apaixonou pela fotografia analógica no laboratório de seu pai aos 12 anos. Falava com afeto das horas passadas em silêncio na sala escura. A artista se formou como historiadora da arte em 1950 pela Universidade de Nova Iorque e, durante esse tempo trabalhou como fotógrafa de retratos. Barbara Crane nunca parou de estudar, se especializando diversas vezes e frequentando várias universidades, inclusive como professora.

Na série “People of the North Portal”, Crane ficou do lado de fora do Museu de Ciência e da Indústria em Chicago e fotografou os visitantes quando eles saíram do prédio. As imagens exploram os ritmos do ir e vir cotidiano, bem como uma variedade de expressões e reações, a partir de um elemento comum que nunca muda: a porta do museu.

Até seus 91 anos Crane continuou fotografando. Teve 3 filhos, que lhes serviram de modelos e críticos, e suas obras foram tema de 8 livros e mais de 90 exposições pelo mundo ao longo de seus 70 anos de carreira. Mais tarde a fotógrafa concentrou seu trabalho principalmente na natureza.

Artista

Robert Henri

Sylvester, 1914 - Robert Henri (1865 - 1929)

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Artista

Robert Henri

Sylvester, 1914 - Robert Henri (1865 - 1929)

Robert Henri foi um pintor e professor americano cujos trabalhos estão nas mais importantes coleções do mundo, além de ter também um museu fundado com seu nome. Robert Henri foi uma figura de destaque da Escola Ashcan de Arte, onde lecionou para Hopper e Guy Pene du Bois. Henri pode impactar toda uma geração de artistas na virada do século e motivou diversos artistas hoje reconhecidos a buscarem uma carreira nas artes.

Mesmo sendo um grande admirador de artistas como Manet e Velázquez, ele rejeitou tanto a tradição da pintura acadêmica quanto a do impressionismo e, em vez disso, se dedicou a criar obras que se relacionavam ao realismo urbano, abordando questões sociais não convencionais e recorrendo às pinceladas aparentes e simplificadas para construção de suas obras.

Em 1910, Henri organizou a primeira Exposição de Artistas Independentes, um grupo igualitário inspirado no Salão dos Independentes, em Paris, cuja regra era: “sem júri, sem prêmios”. A influência de Henri começou a diminuir com a ascensão gradual de estilos modernistas mais radicais.

“Sylvester” pertence a um grupo de retratos que Robert Henri fez em La Jolla, Califórnia, em 1914. Lá, ele pintou retratos de nativos americanos, crianças imigrantes mexicanos, chineses, e um jornaleiro afro-americano local chamado Sylvester Cunningham Smith, que ganhou 3 retratos.

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