1954. O auge da moda flamboyant, pós New Look de Dior, com suas saias rodadas e cinturas marcadas. O ano em que o tecido tweed seria introduzido de vez na moda feminina com as bênçãos de Coco Chanel – a estilista já havia usado o tecido nos anos 20, mas foi na década de 50 que criou a famosa "the jacket".
Passado e presente
Visionária, Chanel lançou o casaqueto de tweed como uma espécie de manifesto pró-conforto, movimento e minimalismo. Sessenta e quatro anos depois, o tweed, que surgiu nos campos escoceses antes de ganhar a aristocracia inglesa, continua sendo sinônimo de elegância e, por que não, de certa rebeldia.
O melhor? Não é apenas o casaco de tweed, típico do inverno, que veio para ficar. Em Nova York, por exemplo, na rodada de desfiles do inverno 2018, o tecido deu vida a coletes alongados na Calvin Klein e até a minissaias bem vanguardistas na Alexander Wang. Ou seja: existe por aí um tweed para chamar de seu.
Girl boss
Como sua origem vem do guarda-roupa masculino, passando dos fazendeiros aos nobres que se apropriaram do tecido no século 19, a história do tweed é de empoderamento.
Nada mais natural, portanto, que usá-lo em looks que exaltam a força: Marc Jacobs, por exemplo, investiu em um blazer com abotoamento duplo e ombreiras em evidência, criando uma silhueta girl power, bem anos 80, época em que as mulheres começaram a ganhar o mercado de trabalho.
Na The Row, o tweed preto e branco também imprime força no conjunto de paletó alongado e saia mídi plissada com botas. O resultado é sóbrio e muito chique, perfeito para substituir calças no escritório sem ter que aderir a um look superfeminino. O tipo de visual que emana poder na medida.
Rave futurista
Agora, se sua dúvida é como usar tweed de um jeito bem moderno, Miuccia Prada dá a resposta. No inverno da Prada, o tecido apareceu em versões coloridas, combinado a outras padronagens e até a cores fluo, bem no mood rave pós-moderna.
Acessórios como óculos de sol pequenos e tênis, além das bolsas e mochilas de nylon, ajudavam a deixar o look tweed ainda mais contemporâneo, com passe livre, inclusive, para quem não gosta do estilo clássico.
Ideia parecida foi explorada por Alexander Wang: o tweed pink com detalhes de zíperes circulares, misturado a couro preto, ganhou ares fetichistas, que passam longe da sua origem campestre.
Meio do caminho
Nem tão clássica, nem tão moderna? A Nº21 mostra que é possível criar uma moda renovada sem ser tão avant-garde assim. Um bom exemplo? A saia de tweed amarelo e preto usada com casaco de tweed branco e preto – a diferença de nuance existe, porém é sutil – vai para o escritório na companhia da camisa social azul clarinha e do scarpin. Ou para a festa se substituirmos a camisa por um body e o sapato por uma sandália abotinada.
A Loewe é outra com uma proposta em que vale a pena se inspirar: o novo terninho de tweed da marca inglesa tem decote generoso no lugar da lapela e mangas abertas, como uma capinha. Pode ficar mais tradicional ou até subversivo, dependendo dos complementos.
E, claro, sempre vale a pena investir em separates e conseguir esse caminho do meio no styling: uma saia lápis de tweed, por exemplo, ganha ares descolados com uma bota de cano longo e um moletom molinho.
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