A moda sustentável vem ganhando cada vez mais força no universo do estilo graças à preocupação com o impacto dessa indústria sobre o planeta e as pessoas. O uso de matérias-primas, energia, água e elementos químicos, essenciais para a sustentação do segmento, passou a ser visto sob uma nova ótica. Além de fazer escolhas melhores e de cuidar para que as roupas femininas e masculinas durem mais, adotar uma postura sustentável também significa ficar atento às marcas que têm atitudes ecológicas.
Diversas grifes têm unido moda a uma produção sustentável. Uma das primeiras a aderir ao movimento foi Stella McCartney. Vegetariana como o pai, o ex-Beatle Paul McCartney, a estilista não utiliza matérias-primas de origem animal em suas coleções e ainda aproveita a visibilidade para conscientizar o público e os colegas de profissão a deixar de lado os casacos de pele e as bolsas de couro.
Por falar em bolsas, até as ecobags vêm adquirindo status cool. Além da possibilidade de reutilizá-las inúmeras vezes na função de carregar compras de supermercado e afins, elas podem vir estampadas com serigrafias e outras prints descoladas, que compõem de maneira despojada produções urbanas para o dia a dia.
Sustentabilidade com design
Fazer roupas com fibras naturais está entre os pontos fortes da Kitx, fundada em 2015 pela estilista australiana Kit Willow, que mantém o foco na moda ética a partir da pesquisa de materiais com menor impacto na natureza. A grife une como poucas o respeito pelo meio ambiente e a atenção ao design, em criações inspiradas na alta-costura, silhuetas fluidas e linhas clean com drapeados elegantes, transparências estratégicas e recortes originais.
Outra label australiana que mantém o foco nos tecidos alternativos é a Bassike. A marca aposta em peças minimalistas feitas com materiais naturais refinados e que podem ser combinadas entre si no dia a dia. O resultado é de uma simplicidade elegante que atrai quem prefere looks modernos com uma proposta mais urbana, estética vista também no estilo Bassike masculino.
Reconhecida pela Ethical Clothing Australia, a Ginger & Smart se destaca por uma estética contemporânea e sofisticada sem deixar de lado a moda sustentável. Os cortes que valorizam a silhueta fazem uso de detalhes criativos e barras originais para criar uma identidade feminina inovadora. Enquanto isso, a Maiyet, estabelecida em Manhattan, tem parcerias com artesãos de todo o mundo para assegurar uma cadeia produtiva ética.
Upcycling para um futuro possível
A reciclagem de tecidos é outra forte tendência na moda. No Brasil, a grife À La Garçonne investe na transformação de materiais desperdiçados em matéria-prima, desenvolvendo produtos inéditos e dando nova vida aos resíduos. Roupas masculinas e femininas, sem estação definida, são a aposta da marca, que começou como brechó e expandiu para a curadoria de móveis, sempre com uma pegada vintage.
No comando da marca, os estilistas Alexandre Herchcovitch e Fabio Souza lançam mão de técnicas avançadas de upcycling que deixam as peças com design original e duração extraordinária, propondo um novo significado para roupas de material sintético já existentes.
Acessórios sustentáveis
O uso de materiais recicláveis chegou aos acessórios. Algumas marcas internacionais e também grifes brasileiras já passaram a utilizar tecidos e roupas em desuso para fazer sapatos com apelo cool, em modelos de negócios que fazem parte das mudanças e soluções para uma nova consciência na indústria.
Um movimento similar vem acontecendo com as ecojoias, também conhecidas como biojoias. Confeccionadas com materiais naturais ou reciclados, geralmente são peças únicas que, além de caráter sustentável, têm um alto valor agregado justamente por serem ímpares.
Combinar estilo e consciência ecológica nunca foi tão fácil – ou chique!
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