Há 62 anos o primeiro par de sapatilhas para ser usado nas ruas foi encomendado por Brigitte Bardot a Madame Rose Repetto, que já produzia modelos de sapatos para a prática do ballet. A atriz desejava usufruir do conforto das sapatilhas que usava para dança ballet no restante da sua vida e por isso, fez esse pedido a criadora da marca Reppetto.
Foi em 1956, então, que nasceu o modelo Cendrillon, ou em português Cinderela. Em pouco tempo o modelo virou um grande sucesso, principalmente por fazer parte do figurino de Brigitte no filme “E Deus Criou a Mulher”.
Pouco mais de um ano depois, foi a vez de Audrey Hepburn usar o par no filme “Cinderela em Paris”, eternizando o modelo como ícone de moda. A partir daí, as sapatilhas se tornaram parte do guarda-roupa feminino e nunca mais saíram do foco da moda.
Poder da sapatilha
A palavra sapatilha tem origem na palavra sapato e ao longo dos anos o modelo tem evoluído com características cada vez mais específicas, mas a ponta arredondada e a característica flat se mantém. Além da sapatilha mais conhecida, outros sapatos também podem ser consideradas sapatilhas: como a chuteira, a sapatilha de ciclismo, as chamadas sabrinas, que são calçados próprios para dança ou ginástica, a sapatilha de escalada e claro, as próprias sapatilhas de ballet.
A versatilidade desse modelo de sapato é inquestionável, mas o quesito conforto supera isso. Elas não têm o aspecto esportivo do tênis, que combina com diversos looks e está super em alta, mas, ainda assim, trazer um poder extra de feminilidade para as produções mais básicas do dia a dia.
As sapatilhas funcionam no calor, com um vestido soltinho e floral. Funcionam no inverno com meia-calça e casaco. E até no escritório, combinando com uma calça jeans de corte reto e até com uma calça de alfaiataria.
Das clássicas aos novos modelos
O modelo mais clássico de sapatilhas é, sem dúvidas, o criado pela Repetto: delicadíssima, o bico arredondado acompanha um laço pequeno e fino da ponta. Hoje em dia, com as mais diversas cores e até com o bico afinado, os modelos da Repetto seguem sendo de couro.
Outro ícone do estilo das sapatilhas é o modelo criado pela Chanel: também com o bico arredondado, o diferencial criado por Coco Chanel está no efeito bicolor, além do logo emblemático da grife.
Mas provando como a sapatilha pode ser inovada, a Valentino criou um modelo com bico afinado, amarração no tornozelo e spikes por todo lado, que se tornou sensação e chegou aos pés de todas as influencers de moda.
Por aqui, os modelos de sapatilhas da Luiza Barcelos e Sarah Chofakian também seguem a linha do clássico com um toque de inovação.
Sem saltos altos
O que mais atrai as mulheres a usarem as sapatilhas talvez seja o fator “sem salto”, principalmente com a evolução do papel da mulher no mercado de trabalho e na vida como um todo, as “flats” se tornaram tão necessárias.
Até mesmo por isso, que muitas marcas buscam inovar e lançar modelos cada vez mais irreverentes da sapatilha. Afinal, não é por que os saltos foram deixados de lado que a moda precisa.
Para tal, aposte no modelo Kitty da label Charlotte Olympia, com a parte frontal da sapatilha imitando orelhas de gatos, além de ter os olhos do animal bordados, dando um toque fun nas produções do dia a dia.
Outra marca que também transporta a sapatilha para um mundo mais lúdico é a Sophia Webster. O modelo de veludo preto leva um aplicação de tiara de princesa na parte frontal, provando que até a realeza pode dispensar os saltos altos e apostar no conforto da sapatilha.