Quando falamos de coturnos uma marca se destaca: a Dr. Martens. O estilo robusto é uma releitura da época da contra-cultura, na qual o calçado se tornou hit e foi a escolha dos jovens para todos os momentos. Os punks eram os que mais usavam a bota e a história da marca respira o movimento, já que seu fundador, o alemão Dr. Klaus Maertens roubou couro de uma loja para poder produzi-la.
Conforto em alta
Foi em 1945, no final da 2ª Guerra Mundial que Klaus, um médico do exército alemão, machucou o tornozelo durante esse período. Como as botas do uniforme oficial o incomodavam, ele desenhou um modelo de sapato que fosse mais confortável e que pudesse ajudar na recuperação, contando com um couro mais macio e sola acolchoado.
No fim da guerra, quando os alemães passaram a saquear as próprias cidades, Klaus aproveitou a oportunidade para conseguir o material necessário para a confecção da sua criação, colocando suas ideias em prática.
Dois anos depois, Herbert Funck, amigo de faculdade, se juntou a Maertens no projeto, iniciando enfim o negócio da confecção do coturno Dr. Martens, a partir de restos de borracha da força aérea alemã.
Na época do lançamento, o maior público da marca eram as donas de casa com mais de 40 anos. Entre 1952 e 1959, abriram novas fábricas em Munique, mas já olhando para o mercado internacional.
A virada da marca aconteceu quando o grupo Griggs comprou a patente da marca e começou a produzir os calçados no Reino Unido, tornando-se o país oficial do estilo coturno.
Marca registrada
Uma das características mais marcantes da bota Dr. Martens é a costura amarela, que foi acrescentada depois do lançamento. Além disso, o solado AirWair, que foi imaginado na primeira criação de Klaus, foi registrado.
Foi em 1960 que surgiu a primeira versão oficialmente britânica: feito em couro napa, feito de pele fina e macia, como o couro de carneiro ou de cabra por meio de um curtimento especial, e com 8 ilhoses na cor vermelho-cereja, além do slogan “With Bouncing Soles”.
Inicialmente, as botas Dr. Martens eram usadas por trabalhadores de fábricas, carteiros, ou seja, realmente pela classe trabalhadora. Somente alguns anos depois que começou a conquistar os públicos mais variados.
Conquistando públicos
Os anos 60, período em que, de fato, a bota chegou ao público, marcam uma onda de mudança do mundo, com novas ideias, turbulências culturais e, eventualmente, revoluções sociais.
A atmosfera radical também deu lugar para uma moda mais extravagante e exótica, um pano de fundo um pouco estranho para o nascimento de uma bota de trabalho, no entanto, a marca Dr. Martens sempre foi contra as normas do momento.
Sem nenhum aviso, as botas da marca começaram a fazer sucesso com uma massa multi cultural, ligada à música e que gostavam de usar o “estilo de trabalhador” que o coturno trazia.
Pouco tempo depois, Pete Townshend da banda The Who se tornou uma das primeiras pessoas famosas a usarem o símbolo da sua própria classe trabalhadora, como uma atitude de rebelião. Essa iniciativa mudou a história da marca, deixando de ser um acessório para o trabalho, e tornando-se essencial para a cultura da época.
A juventude britânica abraçou o coturno Doc Martens, e talvez por isso que sua origem seja relacionada ao país. No final da década, o calçado havia se tornado um símbolo da expressão pessoal.
Foi nessa época também, que notou-se um crescimento na venda dos tamanhos masculinos menores, mostrando que as mulheres também eram fãs do estilo britânico, começando a confeccionar a bota feminina Dr. Martens. Além disso, bandas americanas começaram a exportar a moda para a costa leste, criando tendência.
Novos tempos
Mais de 50 anos após o lançamento da marca em solo britânico, a Dr. Martens precisou se reinventar. A juventude moderna passou a ter mais consciência ambiental, e, portanto, evitando qualquer tipo de pele, camurça, pelo, lã ou seda, além de não utilizar colas que contenham produtos animais ou derivados.
Retomando ao objetivo da marca, de que todos pudessem usar os seus produtos, em 2011 foi lançada a coleção vegana Dr. Martens com os modelos clássicos da marca.
Mantendo a mesma qualidade de produção, mas com materiais cruelty free: o calçado é feito com sarja, um tecido leve, mas duradouro. Além da bota clássica, outras opções também existem como os sapatos Polly T-Bar e botas de plataforma, ambos feitos com o “Cambridge Brush”, um material sintético brilhante que dá a aparência final de couro.
Looks com coturno
Mas você pode estar se perguntando se montar looks com coturno é algo de um estilo específico, e aqui contamos para você que não! Quer saber como usar coturnos? Confira o nosso guia.
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