Conhecida pela versatilidade – afinal, agrada dos fãs de hip hop aos adeptos da moda preppy – a marca Tommy Hilfiger traz consigo o casual estilo americano e ainda tem como assinatura as cores da bandeira do país: branco, vermelho e azul.
Thomas “Tommy” Jacob Hilfiger
Nascido nos arredores de Nova York em 1951, Tommy começou sua carreira informalmente aos 18 anos, quando customizava calças jeans e as revendia para seus amigos. Em pouco tempo vieram os primeiros clientes. Poucos anos depois, Tommy deu um passo além ao fundar a franquia de lojas de roupas The People’s Place, que se tornou um ponto de encontro de jovens fãs de roupa tie-dye, técnica que se tornou sinônimo dos anos 70.
Mas seu lado criativo não foi suficientemente atento aos negócios e a franquia faliu. “Foi aí que eu resolvi ficar super focado. Aprendi contabilidade, descobri como controlar despesas e encontrei uma forma de construir um novo negócio com pouco investimento”, contou em entrevista à revista Forbes. Corria o ano de 1985 e nascia a grife que leva seu nome.
Seu principal alvo eram os jovens universitários, identidade que ainda permanece. Para isso, apostou em associar a marca à prática de esportes como iatismo e golfe – surgia aí um ícone da moda americana.
Moda e música
Foi nesse período que a moda Tommy Hilfiger também passou a atrair a atenção de rappers como Snoop Dogg e ganhar projeção mundial. Artistas como Lenny Kravitz não hesitaram em aderir ao novo estilo esportivo representado pela marca que, por sua vez, apoiava turnês de artistas pop, como Britney Spears.
Em 2010, o conglomerado PVH, que também controla marcas como a Calvin Klein, comprou a Tommy Hilfiger. No mesmo ano, a grife comemorou seus 25 anos lançando o perfume Loud, traduzindo o conceito musical que desenhou sua identidade. Afinal, quem não lembra de campanhas emblemáticas, como a de 1992, estrelada por David Bowie e sua esposa, a modelo somali Iman Abdulmajid?
A diversidade de pessoas e estilos que a grife incorporou em seus looks ao longo dos anos fez com que a Tommy Hilfiger se tornasse popular para além de suas camisetas tie-dye, que acabaram ficando em segundo plano diante de um estilo mais preppy e esportivo. Prova disso é que um dos rostos atuais da marca é a atlética modelo Gigi Hadid.
Tommy + Gigi
A relação com a top, aliás, vai além. O estilista e a modelo assinaram juntos três coleções e, com isso, Hilfiger firmou seu look esporte chic entre as novas gerações. As tradicionais cores vermelho, marinho e branco ainda estão ali, mas ganham companhia de peças pretas, listradas e xadrez.
Os casacos Tommy Hilfiger oversized, as calças de couro e os jeans destroyed provam que a colaboração feita entre a modelo e o estilista dá uma nova cara rocker para a grife. Recentemente, até um toque militar apareceu na passarela, em jaquetas com vários botões, por exemplo.
De olho em Mondrian
Sem cansar de se reinventar, Tommy Hilfiger apresenta uma moda inspirada na arte para 2018. Piet Mondrian, artista holandês que já inspirou Saint Laurent, é uma das referências da coleção de inverno do americano.
Tommy faz uma releitura da obra do artista que ficou conhecido como um dos expoentes da arte abstrata, fortalecendo as listras com suas cores tradicionais, acrescidas do amarelo de Mondrian. Além disso, a inspiração de Gigi surge em estampas como o xadrez e animal print, bem como looks de modelagem reta e oversized.
O toque streetwear surge principalmente nos acessórios, como os gorros e os chapéus cata ovo, que dividem espaço com o estilo preppy na moda urbana e descolada do estilista para conquistar também os consumidores millennials.