Meu Mundo / O brilho de Xenia França
A cantora baiana Xenia França, indicada ao Latin Grammy 2018 pelo seu álbum de estreia Xenia, e também pela música ‘Pra que me chamas?’, fala sobre carreira, referências de vida, rituais para o fim de ano e mostra o poder do brilho! Um spoiler? Ela tem de sobra!
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FOTOGRAFIA GUILHERME SILVA BELEZA WELIDA SOUZA ASSISTENTE DE BELEZA ANDREY BATISTA EQUIPE FARFETCH CAROLINA BELLEZE, ERIKA KAWABATA, FELIPE CASSANIGA, GABRIELLE CARREIRA, LIVIA DA SILVA, RENATA MESQUITA, VICTORIA FERRARO E VINICIUS BARRELLA
“Eu tenho uma rotina que cultivo diariamente de meditação e contato com os meus cristais, ficando conectada com as leis espirituais. Em geral, eu fico bem quieta.
Para mim, virada de ano não é festa. É festa no sentido de agradecer a Deus, agradecer a tudo, por estar viva, por ter uma vida em constante movimento positivo. Sempre me visto de branco, com um look confortável, geralmente com roupas de tecidos naturais e vou para um lugar que ninguém vai me achar e, então, rezo. Rezo para que as coisas melhorem, não só para mim, mas para o máximo de pessoas que eu conseguir alcançar com a energia que eu tenho buscado elevar. Acredito que quando a gente se cura, cura os outros. E isso é um ciclo. Quem me cura são as minhas entidades, os Orixás, Deus, os meus anjos da guarda, então eu ofereço isso.”
“É muito bonito viver nesse momento, quando eu era criança não tinha tantas referências, mas ao longo do meu crescer a música me apresentou muitas potências femininas.
A minha referência de vida é a mulher como ela é. Não é fácil ser mulher no mundo e se eu destacar uma mulher, vou estar diminuindo e inviabilizando o caminho de outra. Realmente admiro o poder que a mulher tem de conseguir se desenvolver com tantos obstáculos. Especialmente a mulher negra.”
“A primeira referência de empoderamento que eu tenho, sem dúvidas, é a minha mãe, Dalva Estrela. Fui criada por ela, então é uma figura muito forte e presente para mim… ela é muito trabalhadora. Minha avó também é uma referência. E elas são as referências da vida.
Na música, vejo a Elza Soares como referência, a história de vida dela é a história da vida de muitas mulheres negras no Brasil e hoje a gente pode ovaciona-lá como o ícone que ela sempre foi. Eu gosto de cantoras pretas, todas elas têm histórias de vida bizarras e ressignificaram a própria existência com a música, com a arte… Ella Fitzgerald, Nina Simone, Whitney Houston, Erykah Badu, Esperanza Spalding, Zezé Motta, Dona Ruth de Souza, as minhas contemporâneas… São tantas…”
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